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Comando não fiscaliza “bicos” dos soldados em Joinville (SC)

18 Mai


O comando da Polícia Militar da 5ª Região, que atende Joinville, não tem como fiscalizar os “bicos” da equipe. A afirmação é do coronel Cantalício Oliveira. Segundo ele, a corregedoria – responsável por fiscalizar e investigar os crimes cometidos por policiais – já está sobrecarregada e só atua quando recebe alguma denúncia pontual.

“Hoje, não há uma equipe específica que faça fiscalização”, afirma. O protocolo da PM para estes casos é encaminhar as denúncias para a corregedoria. “O fato é que vai dimensionar o trâmite”, explica.

Se a PM não fiscaliza, o Sindicato dos Vigilantes de Joinville fará o trabalho. O presidente Sílvio Kammer percorrerá, a partir de hoje, casas noturnas em busca de pessoas que trabalham irregularmente como segurança para diminuir o índice de “bicos” e garantir o espaço dos vigilantes.

O coronel Cantalício não pretende fazer nenhuma atividade a mais para minimizar a quantidade de policiais fazendo os trabalhos extras. Medidas tomadas pelo governo do Estado, segundo ele, servem para esta finalidade. O comandante cita como práticas realizadas para a valorização do trabalho e do policial a compra de novas viaturas, contratação de soldados e aumentos de salários.

Segundo a Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc), o último reajuste dos soldados, em 2010, foi de R$ 250, em forma de abono, parcelado em três vez. Elisandro Lotin, vice-presidente da regional Norte, lembra que, em contrapartida, o comando recebeu parcela única de R$ 2 mil.

Para Elisandro, a medida mais eficaz seria o cumprimento da lei estadual 254/2003, que regula o salário dos praças em um quarto dos salários do coronel. Assim, só no reajuste de 2010, em vez dos R$ 250, os PMs receberiam R$ 500. “Outras medidas também podem ser tomadas, como a incorporação dos R$ 590 de abono e das 40 horas extras feitas pelos PMs. Assim, estariam aptos a fazer mais 40 horas de trabalho remuneradas dentro da corporação”, afirma.


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