O assassinato do empresário Aldo Ern, 64 anos, assustou quem passava pelo Centro de Camboriú, em Santa Catarina, na manhã de segunda-feira, dia 11. Na companhia da esposa, a vítima levava um malote com dinheiro, quando foi abordada por dois homens armados próximo à agência bancária do HSBC, que fica a poucos metros da Delegacia de Polícia Civil. O homem reagiu a ação dos bandidos e acabou sendo morto com dois tiros e duas facadas.

A esposa de Ern assistiu ao crime. De acordo com a Polícia Militar, ela não foi baleada devido à atitude de um policial de folga. O soldado João Flaviano Harnisch estava em uma lanchonete vizinha quando viu o assalto e interveio:

- Eu fiquei na frente da mulher, disparei contra os assaltantes. Mas na troca de tiros eles fugiram.

Um estudante de 25 anos, que preferiu não se identificar, chegava em casa quando ouviu ruídos, que depois descobriu serem tiros. Ele mora próximo ao local do crime, mas só se deu conta do que acontecia quando a empregada chegou da rua falando que um homem tinha sido morto perto do banco.

- Quando cheguei ao local, restavam ainda balas espalhadas pelo chão e um aglomerado de pessoas assustadas - conta o jovem.

Para fugir com o malote, os dois assaltantes usaram um Corsa Sedan verde, segundo a polícia, sem registro de furto. Pouco depois, o carro foi encontrado na Avenida Presidente Castelo Branco, no Centro, com manchas de sangue. Testemunhas contaram aos policiais que os homens teriam continuado a fuga em um Ford Ka branco. O valor levado pelos assaltantes não foi divulgado.

O empresário assassinado era dono de três postos de combustíveis em Balneário Camboriú. Ele chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Ern morava na Avenida Atlântica, mas era natural de Vidal Ramos. Ainda ontem, o corpo foi levado para a cidade natal, onde seria velado e sepultado.

Policiais militares e civis fizeram buscas durante todo o dia. O helicóptero �guia também foi mobilizado. Até à noite, ninguém havia sido preso. Ainda nesta semana, a Polícia Civil ouvirá a esposa do empresário.

O leva e traz de malotes com grandes quantias em dinheiro inspira cuidados. O capitão da Polícia Militar de Balneário Camboriú, Ronaldo de Oliveira, fala que a principal dica é alternar os horários e dias das idas ao banco. O ideal, inclusive, seria alternar as agências bancárias.

- Quem trabalha com valores altos não deveria usar malote. Orientamos a contratar o trabalho de transporte de valores para prevenir os assaltos - complementa o policial.

Além disso, os empresários precisam ficar atentos a comentários informais. Muitas vezes, uma pequena informação revelada em uma conversa entre amigos pode ser o suficiente para despertar a atenção de criminosos.