O delegado de Ipojuca, Paulo Alberes, solicitou, ontem, a prisão preventiva do empresário Adriano Lapenda de Moraes, 51 anos, envolvido em uma confusão com seguranças do Condomínio Ponta de Serrambi, no Grande Recife, que deixou uma jovem ferida, em janeiro. A vítima, a estudante Flávia da Motta Silveira, 21, será indiciada por falso testemunho, assim como a prima do empresário Necy Alvares Gayão de Moraes, por ter afirmado que os vigilantes estavam armados.

Segundo o delegado, toda a confusão foi causada pelo empresário, que repassou diversas informações falsas à polícia. “Desmistificamos tudo o que ele disse. A rede de mentiras começou logo quando ele se identificou como engenheiro, mas essa não é a profissão dele.� Alberes também afirmou que o empresário não colaborou com o trabalho da polícia. “Ele não compareceu à reprodução simulada e nem nos entregou as armas envolvidas no caso, um revolver calibre 38 e uma pistola 380.�

As duas armas pertencem à Moraes. Por meio de mandado de busca e apreensão, a polícia localizou a pistola em uma casa de campo do empresário, que foi utilizada para atirar nas motos dos seguranças. Já o disparo que atingiu a perna da estudante partiu do revolver, que ainda não foi encontrado. “Temos certeza de que Adriano também foi responsável pelo ferimento na jovem, devido às contradições entre o depoimento dele e o resultado negativo dos exames residuográficos feitos nas mãos dos seguranças Eronildo José do Nascimento e Lindinaldo José Soares da Silva Júnior�, disse o delegado.

O empresário será indiciado por ter ateado fogo nas motos, modificado o local do crime, imputado o crime aos vigilantes, porte ilegal de arma, lesão corporal e tentativa de homicídio.

O caso aconteceu no dia 22 de janeiro, durante uma festa, após os seguranças pedirem aos moradores para abaixar o som.