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Relatório cita suposta ligação entre empresas de vigilância

05 Abr


Relatório elaborado pelo serviço de inteligência da Guarda Municipal, em agosto do ano passado, aponta uma suposta relação entre a Proguarda e a Centronic. A primeira firmou contrato para prestar serviços de “alarme monitorado e monitoramento de alarmes” com a Prefeitura de Londrina. O contrato, no valor de R$ 143,5 mil mensais, data de 26 de agosto do ano passado, mas a execução dos serviços começou um mês antes, em 26 de julho. A Proguarda foi uma das empresas que sucederam a Centronic, cujo contrato foi rescindido porque a empresa foi declarada inidônea pela Prefeitura de Curitiba e por isso não poderia contratar com o setor público.

O relatório, datado de 17 de agosto de 2010, afirma que em duas situações, o atendimento aos chamados por meio do alarme contratado junto à Proguarda foi feito pela Centronic. Em um deles, em 13 de agosto, o alarme do Centro de Convivência do Idoso disparou e o retorno foi feito por telefone. “A empresa que retornou a ligação pelo acionamento do botão pânico foi a Centronic, justamente a empresa que teve rescindido o contrato por fraude havida no contrato anterior”, diz o relatório.

A outra situação narrada no documento aconteceu no dia 16 de agosto, dessa vez no Samu. “Compareceu o vigilante com motocicleta, totalmente uniformizado da Centronic”, informa o serviço de inteligência. No documento, encaminhado ao prefeito Barbosa Neto (PDT) e ao secretário de Gestão Pública, Marco Cito, a conclusão do serviço de inteligência é de que “a empresa Centronic continua a prestar serviços para a Prefeitura de Londrina”.

O relatório aponta ainda que de uma amostragem de 17 acionamentos dos botões de pânico do sistema de alarmes, entre 11 e 16 de agosto, apenas quatro foram respondidos: dois com vigilantes motorizados e dois com ligações telefônicas.

Procurado pelo JL o representante da Proguarda em Londrina, Alex de Paula Martins, afirmou que “essa informação foi passada por ofício para a [setor de] licitação, explicando o ocorrido”. “Nós tínhamos 30 dias para colocar o sistema em ordem. Isso foi na fase de transição. O contrato previa 30 dias para arrumar e nós fizemos a migração”, explicou. Segundo ele, tudo isso “foi explicado por ofício” e foi “resolvido dentro do prazo de contrato”.

O secretário de Gestão Pública, Marco Cito, não foi localizado ontem à tarde para comentar o assunto. O Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina afirmou que os chamados foram atendidos pela Centronic porque esses fatos aconteceram na fase de transição entre as duas empresas. Passada essa fase, a situação foi normalizada.

O advogado Elias Mattar Assad, que atende a Centronic, disse não ver problema nessa situação. “Se continuou atendendo, foi por cautela”, afirmou. “A Centronic costuma ficar 60 dias depois de rompido o contrato atendendo os clientes por cautela”, reforçou. Segundo ele, isso seria necessário por conta da troca do sistema.


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