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Número de explosões a caixas eletrônicos aumenta no Brasil

04 Abr

Um novo tipo de crime se espalha pelo Brasil. Quadrilhas explodem caixas eletrônicos inteiros em busca de dinheiro vivo. Essa tática violenta põe a população em risco. Esses bandidos têm acesso a um material que é controlado - ou, pelo menos, deveria ser. É um material muito perigoso: explosivos de alto poder. A venda desse material é controlada, mas quadrilhas têm se especializado em roubar o estoque de empresas como pedreiras. Os criminosos manipulam o material sem qualquer cuidado, o que é um risco enorme para quem está por perto.

Trinta quilos de explosivos e rochas de basalto se desintegram. Uma das matérias-primas é o sulfato de amônia, que é misturado a outros produtos e cai nas mãos erradas. O exército brasileiro registrou em 2010 o furto de 1,3 mil quilos de explosivos em cinco estados. Agora, surge uma onda de explosões em caixas eletrônicos.

Em Maceió, os assaltantes provocaram um grande estrago em uma loja de conveniência na semana passada. Nos primeiros três meses do ano, foram seis roubos assim. Em Campinas, ocorreu um caso a cada quatro dias do mês de março. Em Monte Alegre, a ação foi flagrada por câmeras de segurança. O comandante do grupo de operações especiais, capitão Adriano Giovanni, analisou as imagens.

“Eles caminharam tranquilamente. Eles possivelmente têm conhecimento e sabem que teriam tempo para se afastar com segurança”, conta.

Em Sumaré, os explosivos colocados em dois caixas eletrônicos falharam. Um esquadrão antibombas foi chamado. O agente precisou usar uma roupa especial para a retirada do produto. Com cuidado, ele cortou a embalagem e retirou o pavio. Até em cidades mais tranquilas, como Valinhos, os moradores andam assustados.

O produto químico utilizado nas explosões é o mesmo usado na detonação de rochas nas pedreiras. Um material extremamente perigoso e controlado. Só pode ser manipulado com autorização do exército.

Os materiais para a mistura dos explosivos ficam em locais separados. Em um deles tem apenas fios e detonadores, todos monitorados por câmeras e equipamentos de alarme.

A rotina das pedreiras com os explosivos precisa de inspeções da Polícia Civil e de um profissional credenciado pelo Conselho Regional de Química. O serviço é monitorado por uma equipe de segurança formada por três engenheiros.

Imagens impressionantes mostram a destruição em grandes proporções, com o cálculo de projeção dos estilhaços já definido. Para quem não domina o assunto, qualquer quantidade de explosivo pode ter consequências terríveis.

“O bandido não tem noção do impacto que vai causar. Às vezes uma detonação no caixa acaba destruindo o banco inteiro. Nem o dinheiro, que é o que ele quer, consegue, porque acaba com tudo”, explica o engenheiro de minas Luís Carlos França.

A autorização que as pedreiras recebem do exército para usar explosivos deve ser renovada todos os anos. Mas, mesmo com todos esses cuidados, os roubos continuam acontecendo.


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