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Oitenta mil operários do PAC pedem melhores condições de trabalho

30 Mar


As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) têm provocado muitas discussões. Oitenta mil operários estão parados. Os trabalhadores dizem que não têm segurança, treinamento e que faltam condições de trabalho. Sobram reclamações. São, pelo menos, seis grandes obras do PAC paralisadas. Agora, governo, empresários e sindicatos tentam chegar a um acordo para melhorar as condições de trabalho.

Trabalhadores têm uma reclamação: na pressa para terminar as obras do PAC, funcionários são contratados sem treinamento, Falta estrutura nas cantinas e alojamentos. “Queremos discutir questões como saúde e segurança no trabalho; refeitórios para os trabalhadores; e a volta para a casa naquelas contratações em que as pessoas são contratadas fora dos municípios próximos da obra”, explica o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique.

“As empresas têm convicção de que os canteiros que estão instalados são de ótima qualidade e de alimentação. Se eventualmente está acontecendo um ou outro desvio, isso é pontual e que será corrigido sem dúvida nenhuma”, afirma o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady.

Governo, empresários e trabalhadores conversaram sobre os problemas e vão seguir negociando. “O que a gente vai tentar fazer é um acordo que vigore para todo o Brasil para evitar acontecer o que aconteceu agora”, diz o presidente da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes.

Há uma greve na obra da refinaria Abreu e Lima e da petroquímica Suape, em Pernambuco. Na Usina São Domingos, em Mato Grosso do Sul, há outra paralisação. Ao todo, seis pavilhões foram incendiados. Houve uma rebelião na usina de Jirau, em Rondônia. As obras estão paradas no local e na Usina Santo Antônio, também em Rondônia.

A Central Única dos Trabalhadores vai propor a suspensão de todos os empréstimos de dinheiro público para as empresas que não derem condições mínimas de trabalho aos funcionários nos canteiros de obra. O governo está disposto a criar um grupo de trabalho para tentar melhorar as condições dos operários. Essa comissão seria formada por empresários, trabalhadores e também por representantes do governo.

“A ideia é essa: repetir em todo país onde houver uma obra importante, a gente ter a presença de uma comissão tripartite, que dê conta dos conflitos naturais que ocorrem no mundo do trabalho”, conta o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

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