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Funcionários de postos de gasolina se demitem após onda de assaltos

10 Mar


Uma onda de assaltos está assustando os donos de postos de combustíveis em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Os bandidos chegam a usar maçaricos para abrir os cofres.

Dois homens aparecem em imagens gravadas na câmera de posto que assaltaram às 11h. A dupla chega em uma moto, um deles desce, aponta a arma para os funcionários e rouba o dinheiro do caixa. Os donos de postos guardam nos computadores as cenas dos roubos para que a polícia identifique os ladrões.

Em outro assalto, desta vez de madrugada, quatro homens dominam o guarda e começam a agir. Eles usam um maçarico para abrir o cofre. Quem passa na avenida em frente ao posto não percebe o fogo atrás das bombas. Um deles joga água para esfriar o cofre. Eles estão bem em cima dos tanques de combustíveis, e não se importam com o risco. Em 13 minutos abrem o cofre e fogem com R$ 32 mil.

O consultor e especialista em segurança José Manoel Ferreira disse que o assalto poderia ter se transformado em uma tragédia. “Por causa de algum vazamento que possa ter no posto de combustível, ou então alguma evaporação do produto, esse maçarico poderia ter provocado uma explosão”, explica.

Manter uma vigilância com câmeras, alarmes e guardas tem um custo, e não é pouco: custa, por mês, entre 10% e 15% do faturamento. Mas ainda tem os prejuízos com os assaltos. Um posto de gasolina da região foi assaltado duas vezes em menos de 15 horas. No último assalto, dois homens chegam de bicicleta, apontam as armas para o frentista e levam o que tem no caixa.

Adolfo de Oliveira Neto é diretor de uma rede com dez postos de combustíveis. A média chega a dois roubos por semana. O prejuízo mensal com os assaltos tem sido de quase R$ 10 mil. A violência assusta os funcionários. “Toda vez que tem um assalto no posto, o funcionário pede demissão, quer sair. É difícil a reposição do funcionário, então eu perco a minha equipe de trabalho”, conta Adolfo.

Muitas vezes, os frentistas chegam a ser agredidos, como mostram as imagens de uma câmera de segurança. Depois de sofrer três assaltos, um frentista resolveu abandonar o emprego. “O tempo todo com a arma na minha nuca e falou que se eu respirasse fundo era motivo de morrer. Sou um pai de família, hoje desempregado por esses vândalos”, lamenta o ex-frentista que não quis ser identificado.

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