Nesta quarta-feira (9), teve mais um capítulo sobre o caso da deputada federal Jaqueline Roriz, flagrada recebendo dinheiro. Ela saiu da comissão da reforma política. Para investigá-la, a Câmara dos Deputados precisa, antes, instalar o Conselho de Ética, que julga o comportamento dos parlamentares.

A deputada Jaqueline Roriz se afastou da Comissão Especial de Reforma Política da Câmara, mas não apareceu para dar explicações sobre as imagens divulgadas no site do jornal O Estado de São Paulo. Ela e o marido foram flagrados recebendo um maço de dinheiro das mãos de Durval Barbosa, que denunciou o esquema de corrupção envolvendo vários políticos de Brasília . O vídeo foi gravado em 2006, quando Jaqueline Roriz era candidata a deputada distrital.

“São imagens fortes que dão conta de uma situação complexa, de um ilícito, que precisa ser investigado pela Justiça, investigado pelo próprio Ministério Publico e que terá o tratamento adequado dentro da Câmara dos Deputados�, disse o presidente da Câmara, deputado Marco Maia.

Mas os problemas de Jaqueline Roriz não são apenas políticos. O procurador geral da república, Roberto Gurgel, já disse que vai pedir autorização do Supremo Tribunal Federal para que ela seja investigada. O pedido é necessário porque, como deputada federal, Jaqueline Roriz tem foro privilegiado.

O líder do PMN, deputado Fábio Faria, do Rio Grande do Norte, vai assumir o lugar de Jaqueline Roriz na comissão da reforma política da Câmara.