Empresário morre ao reagir a assalto em SC
02 Mar
O assassinato de Vilmar Bachmann, 44 anos, tirou de Indaial, no Vale do ItajaÃ, a sensação de paz no que diz respeito a crimes violentos. De acordo com o delegado José Klock, responsável pela investigação do caso, há um ano não eram registrados homicÃdios na cidade.
O empresário morreu segunda-feira à noite, depois de tentar evitar um assalto na sua transportadora.
O vigilante da empresa, Jurandir Marques Belo, 56, contou que três homens entraram pelos fundos do terreno e foram direto para o prédio, onde estava Bachmann. Enquanto dois deles tentavam amarrar o empresário, que não parava de lutar, o terceiro homem foi até a guarita (distante 25 metros), rendeu o vigilante e o amarrou, levando-o para dentro do prédio.
– Não tive tempo de fazer nada, quando vi o assaltante já estava com a arma apontada para mim. O que eu podia fazer era tentar salvar a minha vida. Ele me amarrou, fiquei sem ação – relatou o vigia, sentado ao lado das coroas de flores no velório do antigo patrão, terça-feira à tarde.
Enquanto brigavam, os assaltantes pediam o dinheiro que estava com Bachmann. Depois que conseguiram pegar a pochete que estava com o empresário, atiraram contra ele. O tiro atingiu o ombro direito. A vÃtima chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu.
O delegado Klock está reunindo provas, interrogando testemunhas e pessoas próximas a Bachmann para tentar encontrar os suspeitos pelo latrocÃnio (roubo seguido de morte). Ele disse que há muita expectativa da comunidade quanto à resolução rápida do caso. Indaial, segundo o delegado, é uma cidade pacata e não está acostumada com tamanha violência.
Casos como o de Bachmann reforçam um antigo conselho repassado pela polÃcia: nunca reagir em situações de perigo. Subcomandante do 10º Batalhão de PolÃcia Militar, major Mário Sidnei Rossi compara a reação de uma pessoa durante um assalto a um jogo. Às vezes, você ganha. Em outras, perde.