Secretário reconhece suspeitos de assaltar sua casa em SP
24 Fev
O ex-secretário da Segurança e atual secretário de Transportes e LogÃstica de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, reconheceu nesta quarta-feira quatro suspeitos como sendo os criminosos que assaltaram a casa dele no inÃcio do mês.
O grupo foi preso na noite de terça (22) depois de assaltar uma casa na rua Aramanaà (Vila Madalena) e tentar fugir pelo campus da USP (Universidade de São Paulo), na zona oeste da cidade.
Os suspeito foram detidos após uma perseguição de 7 km pelas ruas da região. Por volta das 22h30, policiais militares foram avisados e passaram pelo veÃculo --um Fiat Palio-- quando começou a perseguição. Vários carros da corporação e até um helicóptero da PM foram usados para parar o veÃculo.
Os homens, que estavam armados, só pararam após um pneu furar perto do prédio de biologia da USP, dentro da Cidade Universitária. A avenida Lineu Prestes, dentro do campus, ficou interditada.
Foram apreendidas uma espingarda calibre 12 e uma pistola calibre 380 do próprio secretário.
Presos no 91º DP (Ceasa), o grupo foi transferido ao Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), que investiga o assalto à casa do secretário.
ASSALTO
Quatro homens armados invadiram a casa do secretário no dia 7. Ele, a mulher, uma filha e uma amiga foram feitos reféns por três horas. A casa fica no Alto de Pinheiros, bairro de alto padrão na zona oeste da cidade.
Os bandidos levaram R$ 4.500 em dinheiro, dois celulares --um particular e um da secretaria--, quatro laptops, joias femininas, um revólver calibre 38 e a pistola 380.
Ao falar sobre o assalto, o delegado-geral da PolÃcia Civil de SP, Marcos Carneiro Lima, afirmou que "somente a polÃcia não conseguiria resolver problema dessa envergadura" e cobrou participação efetiva de vigias de rua na segurança pública.
O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, desautorizou o discurso de Lima dizendo que a polÃcia não iria cobrar uma atuação mais efetiva dos vigias.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a "responsabilidade do poder de polÃcia é do Estado", mas que a declaração do delegado deveria ser vista como um convite a um trabalho conjunto.
Secretário de Segurança Pública em 2006, ano dos ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) às forças de segurança, Saulo é até hoje tido como um alvo para os criminosos desse grupo.