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Nove assaltos e nenhuma solução

16 Fev

"Trabalhamos com os nervos a flor da pele". Foi assim que o comerciante Álvaro Ferreira da Silva, de 49 anos, relatou a situação de insegurança vivenciada por ele e seus funcionários que trabalham no Mercadinho Ferreira, localizado no bairro de Nova Natal. Apesar do estabelecimento já ter sofrido nove assaltos e três arrombamentos, nenhum suspeito até o momento foi apontado.

Álvaro Ferreira diz que funcionários trabalham "com os nervos à flor da pele" Foto:Lamonier Araújo/DN/D.A.Press O tenente-coronel Zacarias Mendonça, do 4º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento da Zona Norte de Natal, afirmou não ter conhecimento sobre as denúncias feitas e afirmou que além do Boletim de Ocorrência (B.O.) é necessário que a população entre em contato com a central de atendimento da Policia Militar (190), para que as ocorrências sejam averiguadas.

Residente há 14 anos em Natal, o comeciante Álvaro Ferreira, natural de São Bento do Norte, região central potiguar, informou que nos últimos cinco anos já sofreu 12 ações criminosas ao seu estabelecimento, entre arrombamentos e assaltos. Os arrombamentos ao mercadinho ocorreram em menor quantidade e sempre através do telhado. Após realizar a cobertura do mercadinho, os arrombamentos reduziram, mas os assaltos tornaram-se mais frequentes, contabilizando nove ocorrências até o momento. "Os bandidos são sempre diferentes, chegam em duplas, armados e sobre bicicletas. Os horários escolhido por eles, ocorre entre às 12h e 15h e 18h às 19h", descreveu.

Tendo o comércio como única fonte de renda da família, Ferreira já registrou todas as ocorrências na 6ª Delegacia de Polícia, porém até o momento nada foi feito. Ele contou que na última quarta-feira, 9 de fevereiro, por volta das 13h30, dois homens armados entraram no estabelecimento e anunciaram o assalto. Enquanto um ladrão rendeu o comerciante e um cliente, o outro assaltante levou o dinheiro que estava no balcão e nos seus bolsos. A ação que durou cerca de cinco minutos resultou num prejuízo de R$ 300, porém a maior quantia já levada pelos bandidosfoi de R$ 2 mil.

Casado e pai de três filhas, Álvaro alegou que o problema maior dos assaltos, não é o valor material, mas sim o medo que fica. "Das quatro pessoas que trabalham comigo, cada uma já teve um revólver apontado pra cabeça. Uma vez, o assaltante levou todo dinheiro que eu tinha e ainda atirou no balcão, mesmo sem ter reagido", declarou o comerciante assustado. Para minimizar o problema, o Álvaro Ferreira já colocou grades nas portas e janelas, instalou um sistema de segurança e teve reuniões com o conselho comunitário do bairro, mas nada foi resolvido.

Para atender as ocorrências na região, o tenente-coronel Zacarias Mendonça do 4º BPM informou que no bairro de Nova Natal existe uma base comunitária com dois policiais e uma viatura a disposição. Mesmo alegando que o contigente atende a demanda, Mendonça declarou que as denúncias feitas pelo comerciante não foram cadastradas no sistema da PM, sendo necessário realizar o registro na central de atendimento, por meio do número 190. "Pedimos que a população procure o atendimento da PM, para que seja possível realizar um mapeamento das áreas que apresentam maior incidência de assaltos. É com esses dados que é possível ampliar o atendimento".

O tenente-coronel relatou ainda que algumas medidas de segurança podem ser tomadas pelos comerciantes, para minimizar os assaltos. A implantação de um sistema interno de segurança e uso de segurança privada são algumas delas. Ele também acrescentou que o trabalho deve ser realizado de forma integrada com a Policia Cívil, uma vez que cabe eles realizar o trabalho de investigação.

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