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Barricadas contra o crime no interior

14 Fev

Moradores colocam correntes e cones em ruas principais para dificultar chegada de quadrilhas de bandidos
Márcio Rangel // [email protected]


Todo semana é a mesma rotina. O funcionário público Marcos Antônio Ferreira, 42 anos, é o responsável pela interrupção da rua Rogaciano Nunes, principal do comércio de Massaranduba. Com o auxílio de correntes e barras de ferro, ele literalmente proíbe a circulação de veículos no local. A ação tem uma justificativa: tentar evitar a prática de assaltos contra estabelecimentos comerciais e agências bancárias que funcionam no local.

Em Taperoá, no Cariri, a Avenida Ariano Suassuna, onde está localizada a agência do Banco do Brasil, anteriormente o trânsito era feito apenas por um mão. Na parte onde está o banco, correntes em dois lugares impedem o tráfego. A situação é para coibir a onda de assaltos que se instalou na cidade anos atrás. O BB mesmo foi assaltado três vezes. Em um dos assaltos foram mortos um policial militar e um vigilante. Quando a rua é liberada, correntes e cones proibem que qualquer carro estacione na frente do banco. O policiamento é precário. Para se ter uma ideia, o delegado Ariosvaldo Adelino, recém chegado à cidade, responde por Taperoá, Assunção e Livramento.

Em Juazeirinho, também no Cariri, a preocupação foi redobrada por conta do assaltos contra a agência do BB. O trânsito era proibido na frente banco, mas como há na cidade um pelotão da PM, com mais de 20 policiais, a tranquilidade é maior.

Em Massaranduba, no entanto, a cena chama a atenção. "Aqui, eu mesmo faço isso toda semana. Nos dias que tem feira e também nos dias de pagamento dos aposentados e dos funcionários da prefeitura. É a forma que a comunidade escolheu para pelo menos garantir um obstáculo a mais para os bandidos, já que o policiamento aqui é muito fraco", comentou o servidor responsável pelo "esquema de segurança alternativo". O problema da insegurança no pequeno município é antigo e tem tirado o sono de muitos moradores, principalmente daqueles que residem na zona rural, onde a polícia geralmente não consegue evitar a ação dos criminosos.

Há dois meses, Massaranduba não possuios serviços da Polícia Civil. Apenas dois PMs, cuidam da segurança ostensiva com uma viatura. Os casos mais emergenciais têm sido levados para a coordenação da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Campina Grande, mas as investigações de outros delitos estão parados.

Apenas na rua Rogaciano Nunes, existem mais de 10 estabelecimentos comerciais em pleno funcionamento, além do mercado público da cidade e as agências dos Correios, da Caixa (casa lotérica) e do Banco do Brasil. De acordo com o próprio chefe do destacamento da PM, a iniciativa de isolar a rua é uma boa estratégia para evitar os crimes.

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