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Câmara tem 22 MPs a serem votadas, 11 travam a pauta do plenário

03 Fev

Por Caio Junqueira,
no Valor Econômico

O presidente da Câmara dos Deputados eleito, nesta terça-feira (1º), inicia hoje os trabalhos legislativos na Casa com uma pauta de 22 medidas provisórias a serem votadas, como o que estabelece o valor do novo salário mínimo, o cadastro positivo, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, a que transforma a Embrapa em empresa pública e a que capitaliza o BNDES.

Apenas uma delas, porém, tem prazo de validade até o fim deste mês: a que cria os programas Atleta Pódio e Cidade Esportiva, que precisa ser votada até o dia 28 de fevereiro, motivo pelo qual há espaço para que o governo encaminhe projetos de seu interesse.

Na terça-feira, quatro deputados registraram sua candidatura a presidente: Marco Maia (PT-RS), considerado o favorito; Sandro Mabel (PR-GO), tido como seu principal adversário; Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Chico Alencar (PSol-RJ), os azarões na disputa. A votação foi iniciada às 19h20 e até o fechamento desta edição o resultado não havia sido proclamado.

A expectativa, contudo, era de que Maia obtivesse mais de 400 votos. Os deputados fiéis ao governo estavam atentos ao número de votos de Mabel. Se ele ultrapassasse 100 votos, poderia sinalizar uma instabilidade na base aliada da presidente Dilma Rousseff em votações futuras consideradas difíceis, como a da medida provisória que define o salário mínimo em R$ 545.

Antes da votação, os quatro candidatos discursaram por cerca de 15 minutos cada um. Mabel praticamente refez o discurso que adotou durante sua campanha, focado em promessas de melhorias nas condições de trabalhos dos deputados. Defendeu a construção de um novo anexo, de investimentos no setor de tecnologia, a ampliação do sinal da TV Câmara para todo o país e, principalmente, o Orçamento impositivo.

"É uma forma desrespeitosa como tratam nossas emendas, como são descartadas. Você planeja, vai no município, faz a emenda e aqui, com uma canetada, jogam ela fora. Daqui para a frente não será cortada nenhuma emenda. Vamos exigir isso porque emenda individual é o PAC da Câmara", afirmou. Ele disse ainda que se sentiu humilhado e colocado em uma situação que não merece com as pressões sofridas do governo e de seu partido para que desistisse da candidatura.

Em seu discurso, Maia sinalizou que atenderia as questões defendidas por Mabel, mas tentou despolitizá-las e tirá-las do debate sobre a presidência da Mesa. "Vamos fazer com que as emendas tenham efetividade e continue sendo instrumento de defesa do povo trabalhador, mas não apenas por uma visão corporativa", disse, completando que "se é verdade que temos que fazer o debate corporativo, também é verdade que essa Casa, para se valorizar, tem que fazer o debate das grandes políticas". Disse ainda ser necessário fazer as reformas política e tributária.

Chico Alencar fez um discurso mais institucional, defendendo uma revitalização da imagem do Congresso frente á sociedade. "Essa candidatura é uma expressão da necessidade de resgatar o papel do Legislativo na nossa sociedade, dar nervo e vida a esse prédio que ocupa. Austeridade, transparência e ética são pontos essenciais", afirmou.

Bolsonaro aproveitou seu tempo para atacar o governo federal e o PT. "O partido que está no governo é um partido profissional. Eles lutam em primeiro lugar para permanecer no poder", disse. Falou sobre os temas que pautam sempre seus discursos no plenário, como a defesa dos militares.

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