A briga entre vizinhos ocorrida em Serrambi, Litoral Sul de Pernambuco, no último sábado (21), virou assunto de polícia. Representantes da empresa de segurança privada SSP compareceram à Delegacia de Porto de Galinhas na manhã desta segunda-feira (24) para prestar queixa contra o empresário Adriano Lapenda Moraes (foto 3), 51 anos. A confusão por causa do som alto acabou com uma mulher, amiga de Lapenda, ferida a bala.

O empresário reconheceu ter atirado nos tanques de combustível de duas motos pertencentes à SSP depois que os seguranças foram à casa de praia onde ele estava, reclamar do som alto. O delegado abriu uma queixa por dano patrimonial qualificado e ameaça de morte a dois funcionários da empresa: os vigilantes Eronildo José do Nascimento, 32 anos, e Lindinaldo José Soares da Silva Junior, de 35 anos.

Acompanhados do dono da SSP, Luiz Mario de Melo (foto 4), e do advogado da empresa, Carlos Alberto de Queiroz (foto 5), os dois vigilantes contaram à polícia a versão deles no momento em que chegaram à casa. As motos foram deixadas pelos vigilantes no local e levadas à Delegacia de Porto de Galinhas totalmente carbonizadas.

As investigações do caso serão conduzidas pelo delegado Paulo Alberes, titular da Delegacia de Ipojuca. A jovem que foi baleada, Flávia da Mota Vieira, está internada no Hospital Esperança, no Recife, onde deve passar por uma cirurgia para retirada da bala, ainda sem data exata. O estado de saúde dela é estável.

O CASO
O som alto numa casa provocou reclamação e briga no condomínio Ponta de Serrambi, na praia de Serrambi, no município de Ipojuca. Há duas versões para a confusão que aconteceu na tarde do sábado passado (22) e deixou uma jovem baleada.

De acordo com o empresário Adriano Lapenda Moraes, que estava na casa em que aconteceu a confusão, os seguranças da empresa de segurança privada SSP foram três vezes à casa para diminuírem o som e, na terceira tentativa, efetuaram os disparos, um dos quais teria atingido a garota, e fugiram do local.Além disso, o empresário atirou com sua própria arma nas motos deixadas pelos vigilantes no local. Os veículos foram levados para a Delegacia de Porto de Galinhas totalmente carbonizados.

Já os vigilantes Eronildo José e Lindinaldo José Soares acusam os veranistas de atirar contra eles. O dono da empresa em que os seguranças trabalham, Luiz Mario de Melo, informou que seus funcionários não andam armados e que são seguranças patrimoniais. Pela versão dele, durante a confusão por conta do barulho, os seguranças fugiram com medo de serem atingidos por alguém da casa.