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Transporte irregular de valores, coletes vencidos, armamento inadequado, alarmes inoperantes, número insuficiente de vigilantes e planos de segurança não renovados. Esses foram alguns dos problemas discutidos nesta terça-feira (1º), na 98ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), realizada em Brasília, onde, mais uma vez, ficou evidente a despreocupação dos bancos e empresas de segurança em relação aos seus funcionários. O caso da vigilante Verônica Soares, morta em agosto enquanto trabalhava em um posto do Santander que não possuía plano de segurança aprovado, foi relembrado. Os representantes cobraram da Polícia Federal atuação mais eficaz nesse aspecto. Além disso, José Boaventura, presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), falou sobre os assaltos a armamentos frequentes em vários cantos do Brasil. “As empresas quebram e o arsenal fica todo ali. Na Bahia, a empresa Guardiões está sendo fechada e existe uma preocupação muito grande com o recolhimento das armas. A PF deve estar mais atenta a casos como este”, disse. Outro problema destacado por Boaventura foi o curso de reciclagem. Aproximadamente 116 com cursos vencidos, de um total de 180 de uma mesma empresa. Foram analisados 585 processos, abertos quase todos em 2010, por causa do descumprimento da Lei nº 7.102/83, que dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, e de normas de segurança. As multas aplicadas aos bancos somam R$6,526 milhões. O campeão foi o Bradesco, com R$ 2,363 milhões, seguido do Banco do Brasil com R$ 1,646 milhão, do Itaú com R$ 1,080 milhão e do Santander com R$ 748 mil.
Já no transporte irregular de valores uma agência do Bradesco no Acre foi a campeã de multas: punida em 11 processos, totalizando multas de R$ 1,574 milhão por obrigar bancários a transportar dinheiro em carro particular ou táxi. Além disso, várias agências do Itaú foram multadas em função da falta de segurança durante as reformas no processo de fusão com o Unibanco. Uma agência do Santander no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, foi interditada por sido inaugurada sem aprovação do plano de segurança. |