Por: CNTV | Confedera��o Nacional de Vigilantes & Prestadores de Servi�os
Postado: 14/05/2012
Prefeitura improvisa guardas em parques
Greve dos vigilantes de Parques em São Paulo
 
Com a greve de vigias que prestam serviço para a prefeitura, guardas-civis metropolitanos terão de cuidar da segurança de dez parques da cidade neste fim de semana.

Os 338 vigilantes de parques serão substituídos por 250 guardas (150 deles apenas no Ibirapuera), enquanto durar a paralisação, que começou anteontem.

Segundo a prefeitura, "a GCM está dando toda a cobertura aos parques afetados".

Os vigias são funcionários da Capital Serviços de Segurança e Vigilância, que atende também 24 escolas municipais, bancos e hospitais.

A empresa tem 3.000 funcionários no Estado e dois terços deles estavam sem receber o salário de abril e parte dos benefícios de março, de acordo com Antônio Pereira de Amorim, diretor do sindicato da categoria.

O piso dos vigilantes no Estado é de R$ 1.024.

A greve ainda é parcial -não há estimativa de adesão.

Ontem a reportagem esteve em seis dos dez parques e só encontrou vigias no Lions Club Tucuruvi. Nos demais, guardas da GCM faziam a ronda.

Cinco agências do Banco do Brasil (uma na capital e quatro no ABC), uma do Santander e 16 da Caixa (no ABC e em Campinas) tiveram que fechar por falta de vigias.

Segundo o sindicato dos professores municipais e a secretaria, não houve relatos de problemas nas escolas.

FOGO

Os protestos em frente à sede da empresa, na rua Freire da Silva, no Cambuci (região central), atraíram cerca de 120 pessoas na manhã de ontem. Grevistas chegaram a tombar dois carros da empresa antes de serem contidos pela Polícia Militar.

"Iam pôr fogo, mas a polícia chegou a tempo", diz Marcelo Cerrato, 44, dono de uma oficina mecânica. "Só pensei em pegar os meus carros e os dos clientes e guardar nas garagens dos vizinhos."

Um dos funcionários que tombou os carros, levado à delegacia e liberado.

O quarteirão ficou bloqueado ao menos até as 15h, quando os carros, com vidros quebrados, foram periciados.

"Faltou informação por parte da empresa. Prometeram pagar e não pagaram. Então os funcionários perderam o controle devido à necessidade de sustentar a família", diz o diretor do sindicato.

O sindicato convocou novo protesto para a próxima terça, às 7h30, em frente à sede da empresa e pediu aos funcionários para continuarem a greve caso os salários não tenham sido depositados até lá.