Por: CNTV | Confedera��o Nacional de Vigilantes & Prestadores de Servi�os
Postado: 09/05/2012
Pará: Sindicato impede abertura de agência assaltada em Eldorado dos Carajás
Sem condições de funcionar
 
As cenas de destruição no Banco da Amazônia e Banpará de Eldorado dos Carajás, sudeste do Pará, ainda permanecem no local e na memória dos moradores da cidade. Há uma semana, na madrugada do dia 1º de maio, uma quadrilha invadiu a cidade e explodiu os caixas eletrônicos das duas agências bancárias.

“É forro descoberto, banheiro interditado, cadeira quebrada, mesa apoiada com objetos, sem caixa eletrônico novo. Ou seja, não existem condições alguma de as agências voltarem a funcionar desse jeito. Os bancários, clientes e usuários correm risco de morte se ficar em um espaço como esse. Afinal, nenhum bandido foi preso até agora, pelo contrário, três dias depois do assalto em Eldorado outros dois bancos de Novo Repartimento, também no sudeste paraense, foram assaltados”, denuncia o vice presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Apesar de todos os problemas de infraestrutura no Banco da Amazônia relatados acima, a direção do Banco pretendia reabrir a agência para atendimento ao público na manhã desta quarta (9); mas graças à ação do Sindicato, isso não foi possível.

“Só vamos sair de Eldorado quando a superintendência do Banco, que já está a caminho daqui, nos der a garantia que a reabertura da agência só vai acontecer quando toda a reforma necessária estiver concluída. Os bancários precisam de um local seguro para trabalhar e a população também precisa ter um atendimento de qualidade”, afirma o diretor do Sindicato, Gilmar Santos.

Além dos dois representantes da entidade, a diretora do Sindicato na região, Heidiany Moreno também se dirigiu até o município para impedir a abertura da agência. “Os bancários e a população daqui do Sudeste sofrem não só com a falta de investimento dos bancos em segurança, mas também com a falta de segurança pública. Quase todo mês, pelo menos um assalto acontece nessa região; e nas estatísticas, o Sudeste sempre lidera. Enquanto banqueiros e Governo do Estado não fazem nada, nós do Sindicato não vamos é ficar de braços cruzados, e vamos continuar lutando pelos direitos dos bancários e bancárias de todo o Estado”, destaca Heidiany Moreno.

Contra a insegurança – O Sindicato dos Bancários vem denunciando na imprensa, redes sociais e em sua página eletrônica o quanto a falta de investimento na segurança interna das agências bancárias prejudica a categoria e a população. Além disso, a entidade também já solicitou por diversas vezes, através de ofício, a retomada do Grupo de Trabalho sobre Segurança Bancária com o Governo do Pará.

Esse grupo, formado pelo Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Vigilantes, Polícias Civil e Militar, Secretaria de Segurança Pública e representantes dos bancos, se reuniam pelo menos uma vez por mês para definir estratégias eficazes de redução aos assaltos a bancos no Pará.

Reunião com o superintendente – A presença do Sindicato dos Bancários em Eldorado dos Carajás fez com que o Banco da Amazônia enviasse para a cidade o superintendente Luiz Euclides Barbosa Feio, que reuniu com os dirigentes sindicais na própria agência e constatou a impossibilidade de haver qualquer tipo de serviço bancário no local.

O superintendente concordou com o posicionamento do Sindicato de somente permitir a reabertura da agência após a conclusão das obras e a emissão de um parecer técnico de órgãos de segurança competentes como Corpo de Bombeiros e Polícia Federal. Ele também informou que irá emitir relatório para a direção do Banco da Amazônia sugerindo o remanejamento dos bancários e bancárias da agência para algum município próximo a Eldorado dos Carajás.

“Tomamos as afirmativas do superintendente como uma posição do Banco da Amazônia. Nesse sentido, o Sindicato vai acompanhar todo o desenvolvimento da situação da agência de Eldorado e vamos manter nosso posicionamento de que a agência só volte às suas atividades normais após a conclusão das obras de recuperação”, afirma Sérgio Trindade.