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Uma greve dos vigilantes de agências bancárias de Uberlândia (a 556 km de Belo Horizonte), no Triângulo Mineiro, fez com que a PM (Polícia Militar) criasse um esquema especial de segurança para os estabelecimentos da cidade. De acordo com a polícia, após reunião com os sindicatos dos bancários e dos vigilantes nesta segunda-feira (12), o comandante regional da PM, coronel Dilmar Fernandes Crovato, decidiu intensificar o patrulhamento nas proximidades das agências bancárias. Segundo os presidentes dos sindicatos Juliano Modesto (vigilantes) e Edivaldo Dias Cunha (bancários), PMs chegaram a trabalhar hoje na porta dos bancos, ainda que na parte externa das agências. A PM, no entanto, negou a informação e afirmou que o patrulhamento foi intensificado na região dos bancos, mas sem que os PMs assumissem postos nas portas, como se fossem seguranças. A greve que motivou o esquema especial de segurança teve início porque os vigilantes reivindicam aumento de 13% sobre o piso, atualmente de R$ 1.026, além de aumento nos valores pagos em auxílio-alimentação, cesta básica e adicional por periculosidade. SEM VIGIAS Ricardo Teixeira, presidente do sindicato de vigilantes de Uberaba (481 km da capital mineira), afirmou que diversas agências funcionaram sem nenhum vigilante, o que é ilegal, segundo o sindicalista. "Eles estão abrindo por própria conta e risco", disse. "Caso haja algum sinistro, os bancos vão ter de responder por eles." O mesmo aconteceu em Uberlândia, segundo Modesto. "Tem agência sem vigilante, tem agência com apenas um vigilante. Nós já fizemos uma denúncia na Polícia Federal", disse. O delegado federal Emerson Aquino afirmou desconhecer a queixa do sindicato. Questionada sobre o funcionamento das agências do Triângulo Mineiro, a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) também disse não ter informações sobre o assunto. Sobre a greve, a federação afirmou, em nota, que a segurança nos atendimentos é "preocupação central" dos bancos e que espera uma "rápida solução". |