Por: CNTV | Confedera��o Nacional de Vigilantes & Prestadores de Servi�os
Postado: 23/11/2011
Um assalto ocorre a cada 54 dias
Assaltos viram rotina
 
Criminosos não encontraram dificuldade para arrombar o caixa eletrônico do Banco da Amazônia de Ariquemes, na madrugada desta segunda-feira. Com este, sobe para cinco o número de ataques a agências bancárias da região Vale do Jamari neste ano. Os crimes foram praticados em um intervalo de nove meses, o que totaliza um assalto a cada 54 dias.

O crime só foi comunicado a polícia por volta das 7h, quando clientes da agência foram utilizar os caixas eletrônicos e perceberam que o acesso ao prédio estava coberto por uma lona preta. O Diário apurou o que os criminosos sabiam antecipadamente, que a agência bancária não possuía segurança privada durante o fim de semana, o que facilitou o arrombamento.

Para tentar encontrar vestígios, que possam ajudar na investigação, peritos da Polícia Civil passaram boa parte da manhã no banco. Tudo indica que o grupo utilizou um maçarico para arrombar o compartimento onde fica armazenado o dinheiro. Um segundo equipamento também foi alvo do ataque, mas os criminosos não conseguiram finalizar o procedimento.
O policial militar Julio César Pacheco coordenou a equipe acionada para isolar o local do crime. Ele contou que a PM pouco pode fazer para evitar o episódio. “Quando chegamos (no banco) não tinha mais nenhum sinal dos agentes que efetuaram esse furto, mas nós estamos levantando todas as informações que vão ajudar nas investigações”, esclarece.

No mês passado, o caixa eletrônico do Banco do Brasil, de uma farmácia de Ariquemes, também foi alvo de criminosos. Os assaltantes utilizaram explosivos para arrombar o equipamento, mas a quantidade não foi suficiente para abrir o compartimento que armazena o dinheiro.

A gerência do Basa em Ariquemes não se pronunciou sobre a falta de seguranças particulares na agência, durante o fim de semana. Também não foi informada a quantidade de dinheiro levado pelos criminosos.

SEQUÊNCIA DE ROUBOS ASSUSTA POPULAÇÃO

O arrombamento do caixa eletrônico do Banco da Amazônia é mais uma investigação que começa a ser realizada sem que último ataque a agência bancária tenha sido esclarecido. Um exemplo foi o roubo ao Banco do Brasil de Monte Negro, no dia 25 de outubro, quando cinco homens armados com fuzis e metralhadoras roubaram mais de R$ 400 mil do Banco do Brasil.

Nenhum suspeito foi detido ou o dinheiro recuperado.
Com média de um assalto a banco a cada 54 dias, a região Vale do Jamari preocupa as autoridades ligadas a segurança pública. A população também teme pela própria segurança, como é o caso do agricultor Derivaldo Augusto. “É humilhante para as autoridades ver um descaso desse e a gente fica com medo de ser a próxima vítima”, desabafa.

Outro que se diz surpreso pela onda de violência é o aposentado Almezildo Nunes, 72 anos, sendo que 35 deles vividos em Ariquemes. “Ariquemes sempre teve violência, mas ultimamente as coisas mudaram. Esses assaltos a bancos não tinham aqui não”, explica.

CRIMINALIDADE NA REGIÃO

Ariquemes - Em Ariquemes, o Banco da Amazônia foi assaltado no dia 22 de março, quando criminosos sequestraram um funcionário da agência e parentes dele. O bancário foi obrigado a facilitar o roubo de R$ 500 mil. Dois supostos integrantes da quadrilha foram mortos por comparsas e outros dois foram detidos, meses depois. O dinheiro ainda não foi recuperado.

Monte Negro - No mês de fevereiro dois homens invadiram o Banco do Brasil e arrombaram o cofre com um maçarico, levando cerca de R$ 500 mil. A dupla foi presa cinco meses depois. E no dia 25 de outubro, cinco homens armados com fuzis e metralhadoras invadiram o mesmo banco, durante o expediente. Os criminosos fugiram com cerca de R$ 400 mil. Ninguém foi preso e dinheiro não foi encontrado.

Cujubim - No dia 12 de abril, três homens portando um fuzil 762, uma metralhadora de calibre 9mm modelo MT 12, além de pistolas automáticas, invadiram a agência do Basa de Cujubim e roubaram valor estimado em R$ 560 mil. Duas pessoas foram presas. O dinheiro não foi recuperado.