Por: CNTV | Confedera��o Nacional de Vigilantes & Prestadores de Servi�os
Postado: 08/11/2011
Sindicato pressiona por mais segurança nas agências bancárias
Segurança bancária
 
Diante do aumento de casos de “saidinha de banco”, assaltos e sequestros de bancários, o Sindicato
vem aumentado a pressão para que os bancos garantam o mínimo de segurança para os bancários,
clientes e usuários de suas agências.

Durante a campanha salarial deste ano, os representantes dos bancários propuseram uma série de medidas para garantir mais segurança nos bancos, mas os banqueiros
ignorando o número cada vez maior de mortes em assaltos, fugiram da sua responsabilidade frente aos
bancários e a sociedade e se recusaram a implementar medidas efetivas para coibir este tipo de
crime, principalmente o da “saidinha de banco”, que já levou à morte de mais de 20 pessoas em 2011.

Levantamento feito pela Contraf-CUT mostra que já ocorreram 31 assassinatos em assaltos envolvendo
bancos em 2011, dos quais 20 em crimes de “saidinha de banco”. Além disso, a 1ª Pesquisa Nacional de
Ataques a Bancos, elaborada pela CUT e pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), registrou
838 ataques a bancos no primeiro semestre deste ano, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos,
consumados ou não.

Dentre as medidas propostas pelos representantes dos bancários, estão a instalação de biombos entre
a fila e os caixas, já adotada por alguns banco, além de instalação de portas de segurança com
detectores de metais, câmeras em todas as áreas internas e externas das agências com monitoramento
remoto em tempo real, vidros blindados nas fachadas, divisórias individualizadas entre os caixas
eletrônicos e isenção das tarifas de transferências de recursos (TED e DOC). Também exigem melhorias
na assistência às vítimas de assaltos e sequestros e a proibição da guarda das chaves de cofres e do
transporte de valores por bancários.

Bradesco - Apesar de ser uma das instituições financeiras que mais lucra no país, o Bradesco é um
dos bancos que menos investe em segurança. O Sindicato tem cobrado exaustivamente, em reuniões com o Bradesco, desde o ano passado, mais segurança efetiva nas suas agências. O Bradesco apresentou
lucro líquido de janeiro a setembro de 2011 de R$ 8,303 bilhões, e mesmo assim é um dos bancos que
menos investe em segurança nas agências. O Bradesco não possui um sistema de segurança adequado, o
que coloca em risco a vida dos funcionários, clientes e usuários, e não é à toa que lidera o ranking
de incidência do crime da “saidinha de banco”.

Banco do Brasil – Ignorando os protestos do Sindicato que tem denunciado a irresponsabilidade do
banco em relação a segurança em suas agências, o Banco do Brasil continua inaugurando e
reinaugurando agências sem portas de segurança. Em reunião realizada com a Gepes e representantes da
área de segurança do BB, o Sindicato exigiu a instalação imediata de portas de segurança em suas
agências bancárias, mas não foi atendido. Ao contrário do que afirma um representante do banco, que as agências do BB oferecem “nível de segurança pessoal e patrimonial adequado e conforme não só a
legislação vigente quanto, também, aos mais modernos princípios de prevenção e monitoramento”, o que
se vê é um total descaso da instituição em relação a segurança dos seus funcionários, clientes e
usuários de suas agências.

Para o presidente do Sindicato, Cardoso, a atitude irresponsável do Banco do Brasil em relação à
segurança nas suas agências mostra o desprezo do banco em relação à vida das pessoas. “É um absurdo
que um banco público da importância do BB que deveria dar exemplo aos demais trate a vida humana com
tanto menosprezo. O banco precisa entender que a vida vale mais que o lucro”, finalizou.