|
|||||
Desde ontem, quando a prefeitura dispensou a empresa que fazia a vigilância dos parques municipais, a segurança dessas áreas está sendo feita de improviso. Dos nove parques visitados pela reportagem, seis não tinham vigilância fixa -apenas rondas de cerca de 15 minutos de duração. As exceções foram aqueles em áreas nobres: Trianon (av. Paulista), Ibirapuera (zona sul) e Buenos Aires (Higienópolis, região central). Neste último, a Guarda Civil Metropolitana só estava no local porque a administradora do parque, ao vê-los passar, pediu que ficassem para ajudar na segurança, segundo dois guardas que deram entrevista à Folha mas preferiram não se identificar. Mesmo assim, frequentadores disseram ter sentido falta dos guardas da empresa GSV, que ficavam na entrada principal do parque. O prefeito Gilberto Kassab (PSD) já havia anunciado, no início da semana, que a GCM faria a segurança provisória. No entanto, segundo o presidente do sindicato dos guardas-civis, Carlos Augusto Souza, a ordem para vigiar os parques foi dada ontem. No Chico Mendes, na Vila Curuçá (zona leste), a dona de casa Maria Vieira, 56, também reclamou. "A gente vem com criança e tem usuários de drogas. Dá medo." O contrato com a GSV, de cerca de R$ 15 milhões ao ano, foi rescindido, segundo a prefeitura, porque a empresa mantinha número de vigias insuficiente e não pagava benefícios a funcionários. Segundo a Secretaria do Verde, 290 guardas cuidarão dos parques. A GSV tinha 215. A concorrência para contratar a segurança está marcada para o dia 31. Para os outros 18 parques, entre eles o Ibirapuera, só ocorrerá após aval do Tribunal de Contas do Município. A prefeitura não informou a razão. A Folha contatou a GSV, mas não obteve resposta. Colaborou o "Agora" |