Jorge Luiz da Silva, tesoureiro demitido do posto do Itaú na fábrica de biscoito Piraquê, depois de sequestrado, em 2008, por uma quadrilha de assaltantes profissionais, foi reintegrado, graças a uma ação judicial interposta pelo Sindicato. O processo rolou em todas as instâncias, com ganho para o autor no TST (Tribunal Supeiror do Trabalho), que também concedeu indenização por danos morais. O mandado de reintegração foi expedido pelo juiz da 37ª Vara do Trabalho, Álvaro Antonio Borges Faria.
Com 21 anos de banco, Jorge Luiz ɠ um funcionário dedicado e muito querido pelos colegas. O sequestro de que foi vítima só aconteceu em decorrência da função que ocupava no banco em 2008 – tesoureiro. Os ladrões profissionais invadiram sua casa e mantiveram com reféns sua mulher e filhos. Ele sucumbiu às pressões, e os ladrões consumaram o assalto. Alegando que o funcionário “não tinha o direito de abrir o cofre”, o Itaú o demitiu. Na época, o Sindicato tentou em vão negociar para ele não ser demitido.
“A reintegração de Jorge Luiz é a maior prova da importância da luta do Sindicato pela segurança bancária. A função de tesoureiro expõe o trabalhador e sua família. Por isso, o Sindicato mantém a posição contrária a que os bancários portem chaves de cofres. Estas devem ser transportadas em carro-forte”, sustenta o diretor de Imprensa do Sindicato Ronald Carvalhosa. Para ele, só mesmo o descaso e o desrespeito do Itaú podem explicar demissão tão cruel como a de Jorge Luiz. |