Por: CNTV | Confedera��o Nacional de Vigilantes & Prestadores de Servi�os
Postado: 12/04/2011
Bandidos assaltam carro-forte na Rocinha
Assalto
 

Pelo menos três bandidos armados roubaram aproximadamente R$290 mil de um carro-forte dentro da Favela da Rocinha, em São Conrado, no início da tarde de ontem. Armados com pistolas, os assaltantes renderam os três seguranças da empresa responsável pelo veículo, no momento em que eles saíam de uma agência do Bradesco, na Via Ápia, principal acesso à favela. Os vigilantes foram obrigados a deitar no chão, enquanto os bandidos recolhiam os malotes.

O 23º BPM (Leblon) só tomou conhecimento do crime, que ocorreu por volta das 13h, no final da tarde. Agentes do Grupamento Tático e da Inteligência do batalhão foram ao local, mas não conseguiram identificar os integrantes da quadrilha. De acordo com informações passadas pelo gerente da agência aos policiais militares, os assaltantes lavaram malotes com dinheiro em espécie, recolhido minutos antes no banco, e fugiram a pé.

Recém-nomeado comandante do 23º BPM, o tenente-coronel Frederico Caldas, no cargo desde quinta-feira passada, disse que a sala de operações do batalhão, setor por onde chega a maior parte das denúncias, não recebeu nenhuma informação sobre o crime. Caldas soube do ocorrido pela imprensa. Ele admitiu que assaltos em áreas comandadas por traficantes de drogas, como a Rocinha, são raros — os chefes das facções que controlam a venda de drogas costumam proibir ações como essas, que atraem a polícia para a favela.

Os vigilantes disseram em depoimento que, até então, nunca haviam enfrentado qualquer contratempo na comunidade de São Conrado.

— Até por ser um caso raro, falar qualquer coisa neste momento é precipitado. Mandamos policiais à Rocinha, mas não avançamos na identificação dos criminosos. Agora a investigação está a cargo da Polícia Civil — afirmou o tenente-coronel.

O caso está sendo investigado pelos agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). Apesar de ainda não ter pistas dos bandidos, a polícia acredita que eles não são moradores da Rocinha, onde, ainda segundo a Polícia Civil, os traficantes lucram cerca de R$2 milhões por mês com a venda de drogas.

Informalmente, moradores da favela ouvidos pelos policiais disseram que nenhum dos assaltantes é conhecido na comunidade. Hoje, agentes da DRF voltarão à Rocinha em busca de novas informações.

A assessoria de imprensa do Bradesco informou ontem à tarde que não iria se pronunciar sobre o assalto, já que o dinheiro foi levado de dentro do carro-forte. O nome da empresa responsável pelo transporte de valores não foi divulgado.