Por: CNTV | Confedera��o Nacional de Vigilantes & Prestadores de Servi�os
Postado: 17/03/2011
Bancos de São Paulo terão que instalar divisórias para garantir privacidade aos clientes
Saidinha de banco
 

Uma das propostas apresentadas pela CNTV e pela Contraf-CUT para reduzir os crimes já apelidados como “saidinha de banco” será adotada, pelo menos parcialmente, no estado de São Paulo.

Lei publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial do estado determina que os bancos vão ter que instalar divisórias entre os caixas para que o cliente que vai sacar dinheiro não seja vítima de violência quando sair da agência.

De acordo com as regras, essas divisórias deverão ter, no mínimo, 1,80m e servirão para isolar os clientes nos caixas e nos caixas eletrônicos. A proposta da CNTV e da Contraf-CUT prevê divisórias opacas e com alturas de dois metros.

Os assaltos conhecidos como "saidinha de banco" começa, com os chamados "olheiros" dentro da agência, avisando qual a presa mais atraente para os criminosos do lado de fora e, muitas vezes, termina em assassinato.

O autor da lei, deputado Vanderlei Siraque (PT), diz que se algum ladrão tentar olhar por cima da barreira será colocado em suspeição. “Se o ladrão começar a fazer certa movimentação, aí o próprio vigilante do banco acaba desconfiando.”

A nova regra tenta dificultar o trabalho dos criminosos, mas também dá mais privacidade aos clientes do banco.

Os bancos, porém, acham que as divisórias atrapalham a ação dos seguranças e até facilitam os assaltos. Em nota, dizem que "os marginais estarão protegidos pelas divisórias". E, citando caso do empresário Ali Said Murat, assassinado em fevereiro, conclui que as vítimas desse tipo de crime são escolhidas ao acaso.

Imagens de circuito interno dos locais mostram, no entanto, que olheiros agem nas agências, avisando os criminosos pelo celular. A lei ainda precisa ser regulamentada. Depois da regulamentação, os bancos vão ter 90 dias para se adaptar.