Vigilantes (Sindivipa), telefonistas (Sinttel-PA), securitários, trabalhadores em empresas de asseio e conservação (Seac-PA) e os trabalhadores na indústria de calçados e confecções são os primeiros sindicatos com datas-base marcadas para janeiro de 2011. As categorias devem ser as primeiras a reunirem empregados e empregadores do Estado para discutir as condições de trabalho e reajustes salariais.
O técnico responsável pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese), Roberto Sena, aconselha os pelo menos 100 sindicatos de todo o Estado a buscarem reajustes com ganhos reais no salário, ou seja, acima do indíce de inflação - que fechou 2010 em 5,91%. Para Sena, a expectativa é que este ano os sindicatos continuem a atingir os bons resultados do primeiro semestre de 2010, quando fecharam o ano com cerca de 97% de acordos firmados com reajustes salariais iguais ou superiores a inflação.
Mais da metade dos sindicatos com data-base neste mês também compartilha da mesma expectativa do Dieese. Em sua maioria, os sindicatos já enviaram os documentos para o setor patronal e aguardam resposta durante este mês e o próximo para as propostas de reajuste. Um exemplo é o Sinttel que aguarda o resultado sobre o pedido de aumento de 15% no salário. O sindicato deve atingir cerca de 2,5 mil pessoas com o resultado do documento. Caso não cheguem a um acordo a presidente Aurea Souza da Costa explicou que as prestadoras de serviço poderão entrar em greve, situação que já aconteceu duas vezes entre os anos de 2008 e 2010, mas não existe nenhuma confirmação. "A população não deverá ser prejudicada caso isso aconteça, hoje se paga um preço alto pelo serviço precário, estamos lutando por condições melhores, quem está satisfeito produz mais", contou Aurea.
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